terça-feira, 20 de outubro de 2009

DO BERÇO AO DIPLOMA


Quanto custa criar um filho,
do berço ao diploma
Vinte anos passam voando e muitos
casais jovens já se planejam para custear
as despesas futuras dos filhos

Fernanda Colavitti e Carolina Botelho

Criar um filho numa família brasileira de classe média, do berçário até o diploma de faculdade, custa alguma coisa em torno de 320 000 reais. Na classe média alta, o custo passa dos 600 000 reais. Beira o 1 milhão de reais se o herdeiro for da classe alta. Esses são os números a que chegou o economista e consultor Mauro Halfeld, da Universidade Federal do Paraná, que fez o levantamento a pedido de VEJA Seu Investimento. Os resultados detalhados estão no quadro. Autor de Investimentos – Como Administrar Melhor Seu Dinheiro, Halfeld fez três simulações com um casal que cria e educa um filho, até a idade de 22 anos, quando obtém o diploma na faculdade. A cada item, como habitação, alimentação, transporte, despesas pessoais, saúde, vestuário e educação, foi atribuído um peso diferente.

Mais do que buscar a precisão absoluta do cálculo, o consultor paranaense procurou encontrar uma fórmula simples e objetiva para auxiliar os pais no planejamento do futuro de seus filhos. É o que muitos já estão fazendo, como o analista de sistemas Cláudio Hendo, 38 anos, e a agente de turismo Mari Yamaguchi, 28. Casados e residentes em São Paulo, eles separam 168 reais todo mês para uma conta especial em nome da filha, Larissa, de 1 ano e 2 meses. "Quando ela chegar aos 21 anos, terá dinheiro para pagar a faculdade e ajudar na pós-graduação no exterior", Mari calcula. Exagero de preocupação com o futuro? De maneira alguma. O casal Cláudio e Mari expressa bem a inclusão de um novo item no orçamento doméstico da família de classe média brasileira – a compra de um plano de previdência voltado para a educação dos filhos no futuro. Eles escolheram o Renda Total Júnior, lançado pela seguradora BrasilPrev, uma associação entre o Banco do Brasil e a empresa americana Principal Financial Group, um gigante internacional do setor. Em 2020, Larissa terá à disposição 100 114 reais, pois o dinheiro vai sendo aplicado como um fundo de investimento.

Mais precisamente, o Renda Total Júnior é um tipo de Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL), hoje a modalidade mais aceita de previdência privada no Brasil. Inicialmente concebido para a aposentadoria, o PGBL passou a atender sob medida os futuros doutores e bacharéis. As principais instituições do ramo têm produtos concorrentes, como a Bradesco Previdência, que oferece o Prev Jovem. O Unibanco AIG comercializa o Prever Kids, destinado a todas as pessoas que desejam presentear um filho, sobrinho, neto ou afilhado. No momento da aquisição do plano, escolhe-se a idade em que o menor começará a usufruir o Prever Kids e o período de recebimento da renda temporária no futuro, de quatro a seis anos. A contribuição mínima mensal do Prever Kids é de 80 reais. Para quem faz para mais de um membro da família, esse valor cai para 40 reais. Quanto maior a contribuição mensal, obviamente maior será o retorno no futuro. Depois de uma carência de 180 dias, o dinheiro pode ser tirado para uma emergência. Outras vantagens são a possibilidade de abatimento no imposto de renda e uma valorização superior à da caderneta de poupança, ao longo dos anos.

Esse é um bom caminho, particularmente para quem sonha alto com a educação dos pimpolhos, como a obtenção de um MBA (o diploma de Master in Business Administration, a pós-graduação que virou passaporte obrigatório para carreiras no mercado financeiro, marketing e em gestão empresarial). "Bancar o curso, a alimentação e a moradia é uma despesa alta e não sai por menos de 250 000 reais", afirma Ricardo Betti, consultor paulista que se especializou em assessorar candidatos que desejam obter um MBA.




FONT: http://veja.abril.com.br/especiais/investimento/p_022.html

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